Segunda Noite dos desfiles das escolas de samba do Grupo especial de São Paulo.
- sitebalancodosamba
- 19 de fev. de 2023
- 4 min de leitura

Por Gih Marron
Com chuva foi ainda mais intensa do que no 1º dia de desfiles. Mas todas as escolas passaram pelo sambódromo sem atrasos nem grandes problemas técnicos.
Estrela do Terceiro Milênio
A Estrela do Terceiro Milênio fez sua estreia no Grupo Especial do Carnaval de São Paulo neste sábado (18) no Anhembi.
A agremiação fundada em 1998, campeã do Grupo de Acesso no ano passado, teve problemas antes do desfile, devido às dificuldades para que integrantes ocupassem as áreas mais altas dos carros alegóricos. Houve um atraso de cerca de 20 minutos pelo qual ela não será penalizada.
destaque do desfile foi a comissão de frente, com uma família que trocava rapidamente de roupas (do preto e branco para trajes coloridos), representando o papel da comédia para deixar a vida mais leve.
O enredo "Me dê sua tristeza que eu transformo em alegria! Um tributo à arte de fazer rir" contou a história do humor, com personagens marcantes do entretenimento e formas diferentes de fazer humor.
A Estrela do Terceiro Milênio terminou sua estreia na elite do carnaval paulistano com um tributo a Paulo Gustavo, morto em 2021. Em destaque, estava uma escultura do humorista sentado no colo de um boneco de Jesus Cristo, com uma plaquinha dizendo "Você é mesmo uma peça".
A Acadêmicos do Tucuruvi
A Acadêmicos do Tucuruvi exaltou Bezerra e os outros "da Silva", os marginalizados do Brasil. Foi o segundo desfile do segundo dia do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, neste sábado (18)
A escola desfilou sob chuva, com o sambódromo molhado. O enredo "Da Silva, Bezerra. A voz do povo!" fez uma relação entre a obra do sambista Bezerra da Silva e a vida dos brasileiros das periferias.
Mancha Verde
A Mancha Verde foi a terceira escola a desfilar no segundo dia do Grupo Especial do Carnaval em São Paulo, nesta madrugada de domingo (19).
A atual campeã da elite do carnaval paulistano defendeu o enredo "Oxente - Sou Xaxado, sou Nordeste, sou Brasil", com a presença da rainha de bateria Viviane Araújo e de parentes de Lampião e Maria Bonita.
A escola alviverde mostrou a força da dança criada no Sertão Pernambucano e popularizada por Luiz Gonzaga. O Rei do Baião veio representado com um boneco gigante articulado segurando uma sanfona, no último carro
Em busca do tricampeonato, a escola contou com 230 ritmistas na bateria, enquanto Viviane Araújo sambava em seu 17º ano de reinado.
Império da Casa Verde
A Império da Casa Verde cantou sobre a importância dos tambores e do batuque na história da música brasileira na madrugada deste domingo (19). A quarta escola do segundo dia do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo não teve problemas em sua apresentação
Para contar sua história, desde a música e as danças na África até suas marcas nas periferias nacionais, a Império contou com 1.600 integrantes, divididos em 20 alas com quatro alegorias.
No carro abre-alas, o tigre, animal símbolo da escola, deu lugar a uma tigresa esculpida em baobá, para homenagear a força das mulheres africanas.
Para evitar retratar mais uma vez o sofrimento causado pelos navios negreiros, a segunda alegoria mostrou uma embarcação com a riqueza dos ritmos africanos.
Dessa jornada, a Império veio para o reflexo do continente nas periferias brasileiras, com um carro que retratava os bailes funk de São Paulo e do Rio.
As alas seguintes ainda homenagearam grandes mulheres do samba, como Dona Ivone Lara, Elza Soares e Clara Nunes.
Com 1h02min, a escola encerrou seu desfile sem problemas.
A Mocidade Alegre
A Mocidade Alegre uniu Brasil, Japão e Moçambique em seu desfile. A escola contou a história de Yasuke, considerado o primeiro samurai negro do mundo. Ele chegou em 1579 ao Japão, escravizado pelos jesuítas portugueses, e virou um herói cultuado até hoje pela cultura japonesa
O enredo contou a história de Yasuke, considerado o primeiro samurai negro do mundo. Ele chegou em 1579 ao Japão, escravizado pelos jesuítas portugueses no Oriente, e virou um herói cultuado até hoje pela cultura japonesa.
A comissão de frente retratou a miscigenação das culturas e mostrou Yasuke nos dois momentos de sua vida: no continente africano e no Japão.
A escola teve 1,8 mil componentes, divididos em 16 alas e 4 alegorias.
Águia de Ouro
Em busca do bicampeonato, após vencer em 2020, a Águia de Ouro percorreu a avenida com enredo sobre superação e otimismo. Divididos em 20 alas, os 2 mil componentes retrataram momentos que nos levam aos céus e que nos inspiram ou nos dão prazer
A Dragões da Real
A Dragões da Real encerrou os desfiles de SP ao levar João Pessoa, a capital da Paraíba, ao Anhembi. Apesar do enredo sobre a primeira cidade a receber os raios do Sol nas Américas, a apresentação foi marcada pela forte chuva que voltou a cair sobre a avenida. Mesmo assim, a escola surgida de uma torcida do São Paulo não enfrentou problemas
Para retratar as festas e a cultura da cidade paraibana, a primeira das Américas a receber os raios do Sol, a Dragões contou com 2.300 integrantes divididos em 22 alas e quatro alegorias. Nem a chuva, que voltou a cair forte durante o desfile, atrapalhou a escola, que não teve problemas além da água na avenida.
Na comissão de frente com direito a tripé, a escola realizou uma espécie de festa junina com o caminho até João Pessoa.
































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